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Homossexualidade e os artistas da 7ª Arte


Ao ver o filme "O Combate do Capitão Newman", de 1963, vou parar a uma cena entre dois personagens masculinas, militares, que falam sobre uma enfermaria. Um tenente (Dick Sargent) apresenta-se ao seu capitão (Gregory Peck) e diz o seguinte:

-My friends call me Barney” 

Assim que este actor termina a frase acho que ele é gay

Isto pôs-me a reflectir no assunto. Será que era? E se era, assumia, numa altura em que convinha encobrir a homossexualidade em sociedade, particularmente no meio artístico dos estúdios do cinema?


A bem dizer, no círculo pessoal toda aquela gente do mundo do show biss sabia muito bem as preferências de cada qual, proliferavam homossexuais e favores sexuais por todos os lados, faziam-se muitas orgias e existiram muitos escândalos, alguns envolvendo mesmo mortes. Existiam casais homossexuais, mas tudo era tão ENCOBERTO!! Até casavam os atores com atrizes muito bonitas e admiradas para ocultar as suas verdadeiras preferências. Judy Garland foi casada com dois!!

Mas voltando a Dick Sargeant, que mais adiante no filme reconheço os trajectos como sendo os mesmos do actor que, muitos anos depois desempenhou o papel de Darrin Stevens na muito popular sitcom Bewitched (Casei com uma feiticeira), será que era gay?


Recorri ao Google para me ajudar. Não foi preciso muito. O título "No more straight men" providenciou logo a resposta. Como quase sempre acontece, Dick assumiu publicamente ser homossexual em 1991, depois de atingir uma idade avançada, contava já com 61 anos de vida. Somente após décadas de carreira e apenas 3 anos antes de falecer. No entanto, neste filme de 1963 já lá estava qualquer coisinha...    

Na década de 60 imagino que não era muito conveniente vir a público assumir-se gay... se bem que Vicent Minelli, conhecido cineastra casado em 1951 com Judy Garland e pai de Liza Minelli era um conhecido bissexual... ou será que só foi "conhecido" posteriormente??

Na década de 90 a coisa começava a sair do armário. Alguns ainda achavam que podia ser uma atitude precipitada, outros nem por isso. Foi também uma década "lixada" com muitas mortes de AIDS, muitas ocorridas dentro da comunidade homossexual, vitimando artistas conhecidos, o que fez com que a doença chegasse a ser apelidada como "a doença dos homossexuais". Mas a SIDA (AIDS) como todas as outras doenças venéreas, transmitem-se porque eram todos uns promíscuos, e a promiscuidade e libertinagem costumam ser uma porta aberta para desfechos catastróficos. Depressa a doença espalhou a todos os estratos sociais, géneros e preferências sexuais. Claro, com vidas secretas e outras paralelas só para agradar as massas, não podia ser muito diferente...

Rock Hudson, um apreciado e bem aparentado actor de Hollywood, tornou-se uma espécie de ícone sobre a morte por causa de AIDS quando faleceu da doença em 1985, tendo assumindo poucos dias antes ser homossexual. É o único que me lembro de ser noticiado e de ver noticiado na TV, era eu apenas uma criança. Rock, há semelhança de muitos, também andou a "fingir" ser hetero, mas enchia a mansão de jovens musculados e fazia imensas orgias. A promiscuidade numa altura em que todos quase que se achavam imortais e invencíveis perante umas doençazinhas venéreas que davam para ir vivendo normalmente ou curavam-se, vindo e indo... Até a AIDS aparecer.

Em pleno século XXI, na década de 2010 e mesmo antes, acho RIDÍCULO que ainda se continue a praticar o "ocultismo". Não que defenda que os artistas têm de andar a expor a vida privada na cara de todos, mas bastava deixarem-se de conversas de treta e subterfúgios. Essa cobardia irrita-me. Tantos antes deles procuraram normalizar a coisa, para uns continuarem debaixo do lençol...

Sei que em alguns países a homossexualidade ainda é condenada com a morte e acho isso pavoroso, mas não mais pavoroso do que a eterna descriminação entre os géneros. Aflige-me mais quando em países desenvolvidos existem regiões mais retrógradas em que a "lei" ainda é feita pelas próprias mãos... como no Brasil, onde a pesquisa que fiz agora calhou ir dar para uma notícia do assassinato de um defensor dos direitos homossexuais. Isto aliado às palavras de uma jornalista no programa "Fora de Horas" da SIC, fez-me pensar que existem partes do mundo em que países aceitam bem a homossexualidade, mas dependendo de onde se vai... Agora em Portugal? A terra dos brandos costumes?? Aqui seria excepção, acho que ninguém corre risco algum a não ser aquele que TODOS NÓS corremos desde que nascemos, que é sermos vítimas de descriminação por parte de um doido, ou porque se é gordo, ou porque se usa óculos e se é inteligente, ou porque se é feio, ou porque se é atraente, ou porque se é pobre, ou porque se é mongolóide... Enfim. O Bulling quando nasce é para todos Loool!

Como dizia, em pleno século 21 não tem cabimento a forma dissimulada com que a nossa sociedade homossexual artística procura ocultar essa sua realidade. Não percebo porque se devem fazer desfiles e marchas gays, todas pomposas e carnavalescas, quando ninguém mais se choca ou contesta a homossexualidade. Aliás, é esse tipo de "olhem para mim" que não aprovo de todo. Preferia muito mais ver dois homens de mãos dadas ou a darem um beijo na boca como qualquer outro casal, do que saber que se anda em marchas em que se apropriaram da inocência do arco-íris para lhe dar uma conotação de tabu. Não que aprecie exageradas manifestações de intimidade em público, porque não acho nada bonito ver duas pessoas devorarem-se no meio de uma movimentada esplanada, mas manifestações normais de afecto, os gestos quotidianos, que mal têm?



Neil Patrick Harris é um actor americano cujo talento muito admiro. Ficou conhecido logo cedo por protagonizar Doggie Houser, na série Doggie Houser MD., ou melhor dizendo, o que aqui ficou conhecido como a sitcom "O menino Doutor", de finais da década de 80, início de 90. Neil continuou a sua carreira fazendo alguns filmes e séries televisivas e está neste momento a viver um ponto alto, evolução que se aponta como sendo rara em actores que começam a ter sucesso em criança. Graças a uma sitcom chamada "How I met your mom", onde interpreta um mulherengo incorrigível. As suas capacidades artísticas e também a sua amplitude como artista ficou em evidência, notando-se uma capacidade extraordinária para cantar, dançar, fazer malabarismo e, claro, representar. Neil é homossexual, tendo-se assumido não sei bem quando. Recentemente abriu a porta da sua casa à conhecida apresentadora Ophran Winfrey para lhe apresentar a vida doméstica, o companheiro e os dois gêmeos gerados pelo casal após fertilizarem óvulos de uma dadora e os implementarem noutra mulher para viver a gravidez.

Ás claras. É assim que gosto das coisas. E será que Neil vai ter a carreira prejudicada por isso? 
Não me parece!!


PS: Tenho estado propositadamente a falar de homossexualidade no lado masculino e não no lado feminino, porque acredito que a sociedade as diferencia e as descrimina, existindo mais abertura para os homens homossexuais e menos para as mulheres homossexuais (das quais raramente se ouve falar). É o que chamo de sociedade machista! Até na homossexualidade  :)) 

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